Ontem foi ao ar pela TV Brasil, o terceiro episódio da série Lutas.Doc, intitulado Fábrica de Verdades.
Foi tratado sobre a relação da TV enquanto formadora de opinião do público e o papel da teledramaturgia na vida das pessoas. Os telespectadores baseiam-se muito pelo que vêem na TV, porque isso oculta a verdadeira face da realidade.
Viver a realidade é uma coisa dolorida, é muito melhor apreciar uma vida onde tudo é azul e os únicos problemas são escolher pra qual lugar vamos viajar nas férias entre outras coisas... Mesmo sendo o Brasil um país com a maioria negra e mulata, o percentual das pessoas de cor na TV é baixíssimo e os que estão lá desempenham papéis secundários.
Aqui no Brasil, são as novelas que fazem a educação do brasileiro, porque somos um país "escravizado" pela dramaturgia há muito tempo. É o pão e circo versão high tech, tudo feito pra iludir.
Gilberto Dimenstein fez uma observação interessante de que "Em São Paulo, se você pega as pessoas formadas no ensino médio, 5% apenas têm conhecimento adequado para ler e escrever. Lamento, eu não consigo ver violência maior do que uma pessoa chegar ao final da sua adolescência e não saber ler nem escrever. Não consigo ver quantas violências são maiores do que essa. Mas ninguém liga. E não causa comoção, não causa nenhum escândalo, não causa uma indignação nacional".
Vive-se numa situação bovariesca, onde a ilusão é seguida como meta de vida por medo de encarar a realidade. Em vez de mudar a situação atual segue-se um mundo imaginário. Deveríamos adotar a atitude do Neo e tomar a pílula vermelha, mas e a coragem, cadê?
Dia 25, às 23 horas, vai ao ar o episódio Heroína sem Estátua que é o quarto episódio da série. A luta das mulheres pela igualdade de direitos na sociedade brasileira. Vamos conferir.
Away pra vocês.
Um comentário:
Você é crítico;gostei do seu Blog!
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