Nesta terra de gigantes, que trocam vidas por diamantes...

23.1.10

Zapeando II


Ontem, ainda assisti na Record News, um pedaço da reprise do programa Música com a Maria Cândida entrevistando o Lobão.

O cara sempre foi polêmico, talvez por encarnar o espírito Rolling Stones no rock brasileiro. Mas com uma vantagem: diz o que pensa e que se fodam os outros. A verdade ácida corrói os espíritos fracos e personalidades insossas. Uma frase marcou a entrevista: "No país da fofoca, ter opinião é tabu."  Nisso ele matou a pau.

Criticou a Bossa Nova, meteu o pau na música dita "cult", declarou que o funk carioca é uma maravilha (!)... Por que? Porque o funk mostra a realidade do povo: " Vou meter tiro na cara... /... Dou mesmo e daí?... / ... Tô ficando atoladinha... Enquanto que a Bossa Nova mostra uma coisa maquiada, mundinho pequeno burguês, "A tardinha cai, o barquinho vai... /... Narciso acha feio o que não é espelho...    Música pra inglês ver. 

Mas então, por que ela é cultuada lá fora? Porque gringo não entende a cultura brasileira. Carmem Miranda é símbolo do Brasil lá fora até hoje. O que ela é aqui no Brasil? Nada.

Pessoalmente, eu acho o Miami Bass (que aqui é chamado de Funk Carioca) uma merda... Mas concordo que a realidade é maior que a mostrada pela Bossa Nova.

Funk pra mim é a música norte-americana: James Brown, KC and the Sunshine Band, Kool & The Gang, entre outros. Aqui no Brasil, os setentistas, tipo Gerson King Combo mandaram ver no funk de raíz. Mas isso é história pra outro post.

Acho que o Lobão tomou a pílula vermelha duas vezes, por isso é tão realista.

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