Nesta terra de gigantes, que trocam vidas por diamantes...

25.10.06

Psicodelismo com gelatina




Hoje resolvi escrever sobre The Flaming Lips.

O Flaming Lips é um grupo formado em 1983, que já começou diferente. O guitarrista Wayne Coyne roubou alguns instrumentos musicais de uma igreja e junto com seu irmão Mark e Michael Ivins fizeram seu primeiro show num bar de travestis.
A banda conseguiu um número significativo de fãs, graças em parte aos seus shows bizarros e performáticos, que incluiam máquinas de fazer bolhas, confetes, balões, bonecos de mão e pisca-piscas de Natal. Depois começaram a mudar a formação nos próximos álbuns.
No início de 1995, o single "She Don´t Use Jelly" se tornou um top 10 e o clipe passava bastante na MTV. Os Lips até apareceram na famosa série de TV Barrados no Baile e tocaram "She Don´t Use Jelly" ao vivo no Late Night with David Letterman em março de 1995.
Uma série de incidentes estranhos (recontados na música "The spiderbite Song") pertubaram a banda. O braço do baterista Steve Drozd foi quase amputado pelo que ele considerou ser uma mordida de aranha (o resultado do uso que Drozd fazia de heroina) e Ivins ficou preso em seu carro por muitas horas, após uma roda de um outro carro ter batido no seu vidro.
Em 1997 foi lançado o disco Zaireeka. Um álbum quádruplo em que a intenção é ser ouvido ao tocar os quatro CDs simultaneamente. Os sons foram manipulados quase totalmente em estúdio.

O disco que deu a grande virada foi The Soft Bulletin, de 1999. Este álbum foi considerado como um dos melhores da década, comparado por muitos ao Pet Sounds do Beach Boys. O álbum incluiu um uso maior de sintetizadores, baterias eletrônicas, efeitos sonoros e mais manipulações no estúdio. Após o lançamento do álbum, Wayne Coyne disse que "se alguém me perguntasse qual instrumento eu toquei, eu falaria que foi o estúdio de gravação".
Uma outra tentativa de melhorar a experiência ao vivo para o público e parar reproduzir com mais precisão a sonoridade de The Soft Bulletin, os Lips desenvolveram o conceito do "Concerto Fone de Ouvido". Um transmissor FM era montado e o show era simultaneamente transmitido para pequenos aparelhos de walkman com fones de ouvidos disponíveis gratuitamente para o público. Isso iria, na teoria, permitir ao público uma claridade sonora ao mesmo tempo que sentindo a força dos amplificadores.
Um de seus seguidores foram The Polyphonic Spree, que já postei aqui tempos atrás.
Esse tipo de banda me chama a atenção não somente pela música, mas também pela performance, onde incorporam teatro, sons, luzes e tudo o que puder chamar a atenção do maior número de sentidos ao mesmo tempo.

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