Hoje resolvi escrever sobre uma das minha bandas nacionais favoritas:ENGENHEIROS DO HAWAII.
Eu gosto das letras do Gessinger, elas tem um conteúdo artístico fantástico. Ele escreve como se pintasse um quadro, coloca sentimentos e cotidiano numa mistura equilibrada, muito subjetivo e intenso.
Talvez ele faça isso por entender a alma humana de um modo particular. Estou sendo dramático? Profundo demais? Talvez... ou talvez ele entenda disso por ser um vampiro... O que? não acredita nisso??
Tá bem, vamos aos fatos, incréu:
Tudo começou em Porto Alegre nos idos de 1984. Começaram a banda na Faculdade de Arquitetura, formada primeiramente por Humberto Gessinger na guitarra, Carlos Maltz na bateria e Marcelo Pitz no baixo.
Fizeram sua estréia em 1986 com o LP (os mais novos não conhecem isso...) LONGE DEMAIS DAS CAPITAIS. Depois gravaram A REVOLTA DOS DÂNDIS, com Augusto Licks na guitarra, e fizeram sucesso.
Talvez tenha sido nessa época que Gessinger vendeu sua alma. Muito provavelmente ele já deveria ter alguns furos na jugular que não eram beijos de fãs mais afoitas. Confira na música Terra de Gigantes: "Hey mãe! /Só me acorda quando o sol tiver se posto/Eu não quero ver meu rosto/Antes de anoitecer". Gessinger já sabia que o sol havia se transformado em seu inimigo mortal.
O sucesso continuou no próximo disco, OUÇA O QUE EU DIGO NÃO OUÇA NINGUÉM. A campanha para aumentar o número de criaturas da noite e fãs da banda deu malignamente certo, porque com seu disco, O PAPA É POP, de 1990, eles se tornam o grupo número 1 do rock brazuca.
Em o Papa é Pop, Gessinger já deixa transparecer que é um sugador de sangue viciado em carótidas. Na música chamada Nunca se Sabe, ele canta: "Nem sempre faço o que é melhor pra mim/Mas nunca faço o que eu não tô a fim de fazer/Não viro vampiro, eu prefiro sangrar/Me obrigue a morrer, mas não me peça pra matar". Talvez a consciência ou algum conflito interno estivesse em luta dentro dele. Ele ainda começa a revelar suas preferências em Exército de um Homem Só II: "Somos um exército/(o exército de um homem só) /um bando de vampiros/que odeiam sangue". Gessinger começa a ficar descuidado.
Em 1991, ele lançam o disco VÁRIAS VARIÁVEIS, no qual Humberto Gessinger revela ao mundo que gosta de sangue. As letras mostram todo o dilema do mais famoso vampiro brasileiro. A música Piano Bar é explícita: "Ontem à noite eu conheci uma guria/já era tarde, era quase dia/ era o princípio/num precipício/era o meu corpo que caia/ontem à noite, a noite tava fria /tudo queimava, nada aquecia /ela apareceu, parecia tão sozinha/parecia que era minha aquela solidão". Esta é a narração de um ataque à uma fã. Mais um crime perfeito, mais uma alma perdida. E sua transformações em morcego? Também tem, na música Ando Só: "Ando só/como um pássaro voando/ando só/como se voasse em bando." E ainda tem mais, na letra de Não é Sempre ele entrega ainda mais o jogo: "Você esquece que eu não sou de ferro/ (até o ferro pode enferrujar)/ você esquece que eu não sou de aço /e faço questão de provar:/ acontece que eu não nasci ontem/ (até hoje sempre escapei com vida)/ pra quem duvida de tudo que eu faço/ eu faço questão de mostrar/ "olhe pra mim... enquanto... desapareço no ar"/ não queira estar no meu lugar". Assustado?
Nessa época começaram a surgir as primeiras divergências internas que culminariam com um pseudo fim dos Engenheiros três anos depois. Talvez Augusto Licks e Carlos Maltz indignaram-se com as esquisitices de Humberto Gessinger, não por não dar entrevistas coletivas pela manhã, mas por dormir dependurado no teto de cabeça para baixo.
Descoberta a terrível verdade, Licks e Maltz se afastam de Gessinger e do grupo. Maltz forma daí uma banda esotérica chamada Irmandade para combater qualquer possível maldição vampiresca. Licks sumiu de vista. Foi para a Eupora e nunca mais foi visto.
No Brasil, Humberto reergueu os Engenheiros do Hawaii. Agora ele reina absoluto. E o número de fãs, ou melhor, de seguidores do vampiro-mestre, aumenta a cada dia. As apresentações dos EngHaw estão cada vez mais lotadas. Ao invés de 10.000 destinos serão 1.000.000 de vampiros.
Nesta terra de Gigantes, que trocam vidas por diamantes, a juventude é uma banda numa propaganda de refrigerantes...
P.S. Agradecimentos ao Fofox Mulder e ao Zero Zen Files
Eu gosto das letras do Gessinger, elas tem um conteúdo artístico fantástico. Ele escreve como se pintasse um quadro, coloca sentimentos e cotidiano numa mistura equilibrada, muito subjetivo e intenso.
Talvez ele faça isso por entender a alma humana de um modo particular. Estou sendo dramático? Profundo demais? Talvez... ou talvez ele entenda disso por ser um vampiro... O que? não acredita nisso??
Tá bem, vamos aos fatos, incréu:
Tudo começou em Porto Alegre nos idos de 1984. Começaram a banda na Faculdade de Arquitetura, formada primeiramente por Humberto Gessinger na guitarra, Carlos Maltz na bateria e Marcelo Pitz no baixo.
Fizeram sua estréia em 1986 com o LP (os mais novos não conhecem isso...) LONGE DEMAIS DAS CAPITAIS. Depois gravaram A REVOLTA DOS DÂNDIS, com Augusto Licks na guitarra, e fizeram sucesso.
Talvez tenha sido nessa época que Gessinger vendeu sua alma. Muito provavelmente ele já deveria ter alguns furos na jugular que não eram beijos de fãs mais afoitas. Confira na música Terra de Gigantes: "Hey mãe! /Só me acorda quando o sol tiver se posto/Eu não quero ver meu rosto/Antes de anoitecer". Gessinger já sabia que o sol havia se transformado em seu inimigo mortal.
O sucesso continuou no próximo disco, OUÇA O QUE EU DIGO NÃO OUÇA NINGUÉM. A campanha para aumentar o número de criaturas da noite e fãs da banda deu malignamente certo, porque com seu disco, O PAPA É POP, de 1990, eles se tornam o grupo número 1 do rock brazuca.
Em o Papa é Pop, Gessinger já deixa transparecer que é um sugador de sangue viciado em carótidas. Na música chamada Nunca se Sabe, ele canta: "Nem sempre faço o que é melhor pra mim/Mas nunca faço o que eu não tô a fim de fazer/Não viro vampiro, eu prefiro sangrar/Me obrigue a morrer, mas não me peça pra matar". Talvez a consciência ou algum conflito interno estivesse em luta dentro dele. Ele ainda começa a revelar suas preferências em Exército de um Homem Só II: "Somos um exército/(o exército de um homem só) /um bando de vampiros/que odeiam sangue". Gessinger começa a ficar descuidado.
Em 1991, ele lançam o disco VÁRIAS VARIÁVEIS, no qual Humberto Gessinger revela ao mundo que gosta de sangue. As letras mostram todo o dilema do mais famoso vampiro brasileiro. A música Piano Bar é explícita: "Ontem à noite eu conheci uma guria/já era tarde, era quase dia/ era o princípio/num precipício/era o meu corpo que caia/ontem à noite, a noite tava fria /tudo queimava, nada aquecia /ela apareceu, parecia tão sozinha/parecia que era minha aquela solidão". Esta é a narração de um ataque à uma fã. Mais um crime perfeito, mais uma alma perdida. E sua transformações em morcego? Também tem, na música Ando Só: "Ando só/como um pássaro voando/ando só/como se voasse em bando." E ainda tem mais, na letra de Não é Sempre ele entrega ainda mais o jogo: "Você esquece que eu não sou de ferro/ (até o ferro pode enferrujar)/ você esquece que eu não sou de aço /e faço questão de provar:/ acontece que eu não nasci ontem/ (até hoje sempre escapei com vida)/ pra quem duvida de tudo que eu faço/ eu faço questão de mostrar/ "olhe pra mim... enquanto... desapareço no ar"/ não queira estar no meu lugar". Assustado?
Nessa época começaram a surgir as primeiras divergências internas que culminariam com um pseudo fim dos Engenheiros três anos depois. Talvez Augusto Licks e Carlos Maltz indignaram-se com as esquisitices de Humberto Gessinger, não por não dar entrevistas coletivas pela manhã, mas por dormir dependurado no teto de cabeça para baixo.
Descoberta a terrível verdade, Licks e Maltz se afastam de Gessinger e do grupo. Maltz forma daí uma banda esotérica chamada Irmandade para combater qualquer possível maldição vampiresca. Licks sumiu de vista. Foi para a Eupora e nunca mais foi visto.
No Brasil, Humberto reergueu os Engenheiros do Hawaii. Agora ele reina absoluto. E o número de fãs, ou melhor, de seguidores do vampiro-mestre, aumenta a cada dia. As apresentações dos EngHaw estão cada vez mais lotadas. Ao invés de 10.000 destinos serão 1.000.000 de vampiros.
Nesta terra de Gigantes, que trocam vidas por diamantes, a juventude é uma banda numa propaganda de refrigerantes...
P.S. Agradecimentos ao Fofox Mulder e ao Zero Zen Files